Política
Ministério da Economia vai reunir Fazenda, Indústria e Planejamento; Meio Ambiente ficará com Agricultura
Decisão contraria o que Bolsonaro havia dito em campanha, após críticas do setor

Publicado em 30/10/2018 19:22

Reprodução

RIO — O economista Paulo Guedes , indicado para ministro da área econômica do governo de Jair Bolsonaro , disse nesta terça-feira que a área econômica terá apenas uma pasta: a da Economia. A estrutura englobará Fazenda, Planejamento, e Indústria e Comércio Exterior. A decisão contraria o que Bolsonaro havia dito em campanha, após críticas do setor. O futuro ministro e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para a Casa Civil, também confirmaram que as pastas de Agricultura e Meio Ambiente serão reunidas.

As informações foram passadas pelos dois após a primeira reunião da equipe do presidente eleito, na casa do empresário Paulo Marinho, na Zona Sul do Rio. O novo governo discute ter entre 15 e 16 pastas. Eles não informaram sobre qual ministério ainda estão em dúvida.

A união dos ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio foi criticada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e por outras entidades do setor. Questionado sobre as críticas do setor, Paulo Guedes ironizou o pedido de incentivos fiscais das empresas.

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— Interessante. No programa, os três já estavam juntos. Foi criticado pelo setor? Pelos industriais? Está havendo uma desindustrialização há 30 anos. Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais— afirmou, sem responder sobre questões pontuais, como o destino do Rota 2030.

A crítica do economista se refere ao que ele considera um excessivo lobby por benefícios fiscais e proteção contra o mercado externo.

— Os impostos são muito altos, a complexidade burocrática, os juros muito altos. O que aconteceu é que o Ministério da Indústria e Comércio acabou se transformando em uma trincheira da Primeira Guerra Mundial, defendendo subsídios, desonerações, coisas que prejudicam a indústria brasileira. É evidente que não vamos fazer uma abertura abrupta da economia para fragilizar a indústria brasileira. Vamos retomar o crescimento da indústria garantindo juros baixos, a desburocratização — destacou.

Por O Globo/Jussara Soares, Mariana Martinez e Marcello Corrêa


Postado por Redação

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