Saúde
O seu filho usa o celular antes de dormir? Conheça todos os riscos
Os dispositivos móveis são como uma extensão do corpo humano das crianças. De manhã à noite, vivem ‘agarradas’ aos gadgets, desligando-se quase por completo do mundo real. Mas sabe que consequências isso pode trazer?

Publicado em 11/01/2018 08:22

Reprodução

Nos dias que correm, são raras as crianças que não têm um smartphone, um tablet, um console, um relógio inteligente. Ainda antes de conseguirem pronunciar corretamente a primeira frase, eis que o ‘dedinho’ faz já scroll nas mais variadas aplicações instaladas e nos inúmeros vídeos de desenhos animados que o YouTube disponibiliza. As crianças parecem já nascerem ensinadas a mexer em novas tecnologias, mas isso tem consequências bem mais graves do que a maioria dos pais pensa.

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Apesar do uso de dispositivos móveis ser uma constante ao longo do dia, é à noite que o impacto parece ser mais nocivo na saúde das crianças. O alerta é dado pela Universidade King’s College, em Londres.

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Após ter analisado mais de 152 mil crianças e jovens entre os seis e os 19 anos e oriundas de vários países, os cientistas britânicos concluíram que o uso de gadgets à noite não só prejudica a qualidade do sono, como pode mesmo servir de trampolim para patologias como a obesidade e a depressão infantil. O processamento da memória fica limitado e o risco de mau comportamento e incapacidade de manter a atenção é também uma realidade.

Na prática, destaca a BBC, o estudo notou ainda que o ‘simples’ uso de um celular todas as noites antes de dormir é suficiente para enfraquecer o sistema imunológico e para deixar as crianças e os jovens à mercê de um crescimento atrofiado.

A longo prazo, o uso diário deste tipo de equipamentos à noite é ainda capaz de interferir com os bons níveis hormonais, sendo que baixa consideravelmente a produção de três das mais fundamentais: melatonina (que prepara o corpo para o sono), leptina (que promove a sensação de saciedade) e GH (hormônio libertado durante o sono e que estimula o bom crescimento). Por seu turno, se os níveis destes hormônios caem, a produção de cortisol (hormônio do estresse) sobre consideravelmente, comprometendo não só a estabilidade emocional, como deixando também a criança e o jovem à mercê de estados de ansiedade e nervosismo. Além disso, os elevados níveis de cortisol estão ainda associados a um aumento dos marcadores inflamatórios, podendo dar origem a uma infinidade de doenças.

Um dos grandes culpados para o efeito negativo que os dispositivos móveis têm na saúde das crianças e jovens (e dos adultos também, sejamos honestos) é a tela e a luz que este emite. Dizem os investigadores do King’s College que a luz e os estímulos por ela emitidos deixam o cérebro em estado de alerta quando, na verdade, deveria estar ‘calmo’ e preparado para dormir.

Mas não só: a intensidade da luz – a ‘luz azul’ - é capaz de interferir com o relógio circadiano (desregulando os hormônios e o bom funcionamento do organismo) e dificulta a capacidade de adormecer facilmente.

Como não poderia deixar de ser, o tipo de conteúdo que a criança e o jovem assiste antes de dormir pode também afetar a boa qualidade do sono, estando mais do que provado de que as redes sociais estimulam a ansiedade e os sentimentos depressivos, até mesmo nos adultos.

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Fonte: Notícias Ao Minuto


Postado por Redação

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