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Google Chrome começará a bloquear anúncios em 15 de fevereiro
Conforme revelado em junho de 2017, gigante de buscas se prepara para começar a barrar o que chama de anúncios invasivos e irritantes.

Publicado em 06/01/2018 21:37

Reprodução

O Google anunciou nesta semana que vai começar a bloquear anúncios no seu navegador Chrome a partir de 15 de fevereiro. 

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Os sites que quiserem evitar o “martelo” do Chrome podem se livrar de várias categorias amplas de anúncios online ou pagar um consórcio de anunciantes, associações comerciais de publicidade e empresas de tecnologia, incluindo Google, Microsoft e Facebook, para se tornarem “certificados”. 

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“A partir de 15 de fevereiro, em linha com as diretrizes da Coalisão, o Chrome vai remover todos os anúncios de sites que possuam um status ‘deficiente’ (‘failing’, no original)”, afirmou o Google em seu site, em referência à Coalition for Better Ads (CBA), um grupo que promete limpar a web dos seus anúncios mais irritantes.

A linha do tempo de bloqueio de anúncios do Chrome corresponde ao que o Google anunciou há seis meses, quando confirmou que iniciaria o controverso esforço no início de 2018. No meio de fevereiro, a maioria dos usuários do browser estarão rodando o Chrome 64, com lançamento previsto para a semana de 21 a 26 de janeiro. A atual versão do navegador é o Chrome 63. 

No desktop, o Chrome vai bloquear quatro tipos de anúncios (de seis considerados), enquanto que no mobile (iOS e Android) o navegador irá barras oito tipos de anúncios (de 12 considerados): essas categorias foram identificadas pela CBA e seu painel de consumidores como as menos aceitáveis.

As quatro classes de anúncios que receberão o machado no desktop incluem pop-ups, os que reproduzem vídeo e áudio de forma automática, anúncios “prestitial” (que aparecem antes da home do site ser aberta) acompanhados por um relógio com uma contagem regressiva, e os chamados “large sticky ads”, que tomam mais de 30% da tela e ficam no mesmo lugar, não importa o quanto você desça o scroll.

Em vez de bloquear esses tipos de anúncios em todos os sites – como fazem a maioria dos add-ons de bloqueio para navegadores – o Chrome vai tomar um caminho diferente.

O browser do Google vai se basear em uma “whitelist” gerada pela CBA. Os publishers dos sites poderão iniciar o processo de certificação, e assim garantir um lugar na lista, no próximo mês, quando mais detalhes serão liberados pela empresa. Sites certificados precisam atender a determinados padrões, sendo que o mais importante é uma baixa proporção de tipos de anúncios inaceitáveis.

Nos primeiros dois meses do projeto – a data de início será revelada em janeiro, segundo a CBA – esses anúncios “desconceituados” não poderão responder por mais de 7,5% de todos as visualizações de página de um site certificado.  E a proporção vai diminuir com o tempo. Então seis meses depois, esses anúncios só poderão responder por 2,5% das pageviews desses sites, por exemplo. Resumindo: a CBA permitirá que os sites certificados se ajustem ao bloqueio, com uma cota menor de anúncios “ruins” com o tempo. 

Os sites que não se "voluntariarem" para serem certificados pela CBA, ou que sejam julgados como não complacentes pela organização – efetivamente todos os sites com exceção dos presentes na whitelist – terão anúncios das categorias banidas bloqueados. Mesmo um único anúncio sujeito a repreensões vai impulsionar um bloqueio pelo Chrome. 

Apesar de a CBA ter revelado alguns detalhes sobre os padrões, a whitelist e como os sites podem contestar a decisão de bloquear anúncios, uma boa parte do programa, ainda permanecem uma incógnita. Não está claro, por exemplo, com qual periodicidade os sites serão reavalidos por violações, ou quanto poderá levar para apelar uma decisão. 

Também ainda não há informações sobre taxas.

O porta-voz da CBA, Brendan McCormick, afirmou que pagamentos seriam exigidos da maioria dos sites que buscam certificação. No entanto, ele destacou que ainda há muito “a ser trabalhado” até o lançamento do programa. Segundo uma reportagem do site AdAge, a CBA poderá cobrar até 5 mil dólares dos principais publishers, enquanto que “publishers muito pequenos” poderão ser certificados sem ter de pagar nada. 

“Muita coisa ainda não foi finalizada. Ainda há muito a ser trabalhado. A parte essencial é tornar isso acessível (para os publishers de sites”, afirmou McCormick para a Computerworld dos EUA. 

Maior do mercado

Como o Chrome é o navegador mais popular do mundo, os publishers não podem descartar esse projeto de bloqueio de anúncios, como outros já fizeram antes, se a receita do seu site é baseada em publicidade. Segundo a empresa de análises Net Applications, o Chrome respondeu por 61% dos usuários de desktop do mundo em novembro de 2017. 

Se o Chrome fechar a torneira, mesmo que bloqueie apenas as categorias de anúncios inaceitáveis, os donos de sites provavelmente verão uma queda em suas receitas. Mas é questionável se o Chrome conseguirá mirar de forma minuciosa o bloqueio apenas para alguns anúncios em um site não complacente, por isso vale acompanhar essa história de perto nas próximas semanas.

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Fonte: idgnow


Postado por Redação

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