Serasa Score
Saiba como melhorar sua pontuação no cadastro de bom pagador para ter acesso a crédito

Publicado em 09/03/2025 21:00

Reprodução

Conseguir aprovação de um financiamento ou um empréstimo pessoal exige que o consumidor tenha bom histórico no pagamento de suas contas. Tanto que empresas e bancos recorrem a ferramentas que avaliam a trajetória financeira de seus clientes. Uma delas é o Score da Serasa, sistema que calcula a capacidade das pessoas de assumirem novas dívidas por meio de uma escala que varia de 0 a 1.000 pontos. No entanto, apenas 0,73% dos 95 milhões de cadastrados têm a pontuação máxima nesse sistema de avaliação.

Ainda de acordo com a Serasa, 23,22% dos consumidores se enquadram na faixa “Excelente” – score de 701 a 1.000 pontos –, o que assegura a aprovação de crédito e condições vantajosas, como juros menores. A análise, segundo a empresa, considera as consultas que o consumidor faz a seu CPF quando busca crédito, a pontualidade nos pagamentos, os contratos ativos por um longo período e os registros de inadimplência.

Wesley Brandão, especialista da Serasa, explica que a busca por novas oportunidades de crédito é vista de forma positiva, porém o excesso de tentativas em curto prazo podem derrubar a pontuação.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

— Se o consumidor fizer muitas consultas e for recusado de forma contínua, isso pode afetar negativamente o seu score porque indica uma tentativa de fraude ou um comportamento arriscado. O ideal é buscar crédito de forma equilibrada e consciente.

Para os consumidores com histórico de inadimplência, um débito não quitado pode prejudicar a pontuação por até cinco anos. Após esse prazo, o registro caduca e é retirado do cadastro de inadimplentes. Amanda Cunha, advogada especialista em Direito do Consumidor do escritório Paschoini Advogados, recomenda que o interessado confirme sempre se o débito prescrito foi removido do cálculo do score:

– Isso significa que o consumidor tem o direito de solicitar à Serasa a retirada desse apontamento do seu histórico. Essa ação é fundamental para que o score reflita sua realidade financeira atual.

Novas funções do score

Segundo Amanda, o score não reflete mudanças instantâneas na vida financeira do consumidor. Mesmo após a quitação de dívidas, a pontuação sobe gradativamente.

 

— É um processo que considera o comportamento financeiro contínuo, como pagamentos realizados em dia mês a mês — explica.

Para aumentar a velocidade na atualização da pontuação, no entanto, a Serasa lançou a ferramenta score em tempo real, que permite o aumento da nota do crédito de forma imediata nos pagamentos de débitos usando apenas Pix no site ou no aplicativo da Serasa. Para as demais formas de quitação de dívidas, a atualização pode levar até três meses.

— Se o pagamento é realizado por Pix, essa dívida é quitada na hora — afirma o especialista Wesley Brandão.

 

Outra novidade é a possibilidade de conectar o FGTS ao score, segundo ele:

— Com as informações do FGTS, o consumidor permite que as empresas saibam melhor sua realidade financeira.

Outra ferramenta que influencia a análise de crédito é o Cadastro Positivo, que reúne o histórico de pagamentos de clientes e empresas, ajudando a formar um score de crédito. Esse banco de dados não pertence exclusivamente à Serasa, sendo gerenciado por empresas autorizadas pelo Banco Central (BC), como Quod, Boa Vista e SPC Brasil.

Feirão oferece facilidades para quitar débitos

O Brasil, atualmente, conta com 74,6 milhões de pessoas endividadas, segundo dados da Serasa. O Estado de São Paulo lidera o ranking, com mais de 17,4 milhões de inadimplentes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 7,5 milhões.

Para ajudar na regularização das dívidas, uma nova edição do Feirão Serasa Limpa Nome está oferecendo aos consumidores descontos de até 99%, com parcelamentos de até 72 vezes. A ação acontece de forma on-line, pelo aplicativo (disponível em App Store e Google Play) e no site da Serasa. O login pode ser feito com número do CPF e senha. Se ainda não tiver cadastro, é possível criá-lo gratuitamente. Outra opção é realizar o pagamento presencialmente nos Correios.

— Essa ação está acontecendo em parceria com a Caixa Econômica Federal, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e mais de 1.400 empresas, e vai até o fim de março. O consumidor só precisa levar um documento com foto e procurar o atendente em uma das mais de dez mil agências dos Correios — diz Wesley Brandão.

Ao todo, foram fechados mais de três milhões de acordos desde o início do feirão, em 17 de fevereiro, até a última sexta-feira (dia 7). Os consumidores podem participar da ação até o dia 26.

Empresa é processada por vazamento de dados

Em janeiro de 2021, surgiram relatos de que a Serasa supostamente teria provocado um vazamento de mais de 223 milhões de dados pessoais de consumidores, incluindo informações sensíveis de pessoas vivas e mortas. O Instituto Sigilo entrou com uma ação para que a empresa pagasse indenizações às vítimas.

 

Esse episódio teria gerado uma série de problemas, como ligações indesejadas, e-mails, empréstimos e abertura de contas fraudulentas, segundo denúncias feitas por consumidores ao instituto.

Para o Ministério Público Federal (MPF), investigações indicaram que a Serasa teria comercializado o acesso indevido a dados pessoais. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), então, determinou a suspensão da venda dos dados.

O Instituto Sigilo, porém, alega que o vazamento continua, e que a Serasa tem utilizado o incidente para oferecer serviços pagos. Em um e-mail enviado aos usuários, a empresa comunica que dados pessoais foram encontrados na “dark web” — uma área da internet mais restrita e oculta — e oferece acesso exclusivo ao detalhamento do caso apenas para assinantes do Serasa Premium, cobrando uma taxa mensal.

Print do e-mail enviado pela Serasa — Foto: Reprodução
Print do e-mail enviado pela Serasa — Foto: Reprodução

“Após uma varredura na internet, identificamos seus dados em listas de vazamentos”, diz o e-mail da Serasa.

O Instituto Sigilo solicitou à Justiça que a Serasa seja obrigada a remover os dados vazados da internet, propondo uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Além disso, requereu a suspensão temporária do serviço Serasa Premium, argumentando que a empresa está se aproveitando do vazamento para lucrar com a proteção, que poderia ser oferecida de graça.


Postado por Extra.Globo

©Copyright 2007-2025 Todos os direitos reservados

ArarunaOnline.com