Derrubar os ‘muros’ entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Essa foi a meta anunciada pela nova reitora da UFPB, Terezinha Domiciano, durante entrevista ao jornalista Heron Cid, no Programa HoraH, da TV Manaíra, na noite dessa segunda-feira (18).
“A relação Universidade com a sociedade deve ser uma constante e ela deve ser buscada também. Então, enquanto diretora mudamos essa lógica no Campus Bananeiras. O que as pessoas diziam? ‘A Universidade tem um muro enorme’, eu digo: ‘vamos derrubar esses muros’. E aí você chama o pessoal da sociedade para dizer: o que você tem interesse de projetos dentro da universidade?”, enfatizou a professora.
A reitora ainda reafirmou esse compromisso na sua gestão na UFPB: “Derrubar os muros da Universidade, porque a UFPB tem excelentes profissionais com todas as áreas do conhecimento e eles trabalham e muitas vezes a própria sociedade ou não reconhece. Isso estará nas nossas práticas e em nosso próximo planejamento estratégico, que é aumentar o número de indicadores da relação sociedade/universidade”.
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Bolsas mantidas
Terezinha também garantiu que não tem intenção de cortar bolsas concedidas e ampliadas pela gestão anterior (reitorado de Valdiney Gouveia): “Nós não pretendemos cortar bolsas. Pelo contrário, está como nossas metas. Tudo que vier e a gente puder implementar para o atendimento dos estudantes nós vamos fazer. Hoje a maioria dos estudantes da UFPB vem de uma situação de vulnerabilidade social. Como diretora lá em Bananeiras, eu já presenciei muitos casos de pais de alunos que chegam dentro da Universidade chorando e se ajoelhando para que tenha uma Residência Universitária, para que eles tenham a acesso ao Restaurante (Universitário) porque, sem isso, é impossível eles ficarem”.
Estabilidade dos servidores
A reitora também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal que entende como válida a mudança na Constituição Federal, no qual altera o regime de trabalho para os servidores públicos. No texto, é autorizada a contratação por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, consequentemente, com ausência de estabilidade.
“Eu estou na universidade há mais de 33 anos e digo com toda certeza: o que vejo no serviço público é muito trabalho. Porque, por exemplo, um professor para chegar no nível de carreira como eu estou ele tem que estudar muito. Semestralmente cada professor tem que elaborar seu relatório apresentar no departamento e ser aprovado em todas as instâncias. Se não, o professor não tem sua ascensão garantida. Então eu sempre estarei em defesa do servidor em todos espaços e trazendo a opinião de quem que ter estabilidade mesmo”, concluiu a docente.
Postado por Redação
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